Depois da Ilha de Deus no Recife, Belo Jardim será o novo palco do projeto “Slam das Minas PE – Do Litoral ao Agreste”, iniciativa que celebra e fortalece a poesia falada protagonizada por mulheridades negras, periféricas, interioranas e agrestinas, movimentando a cena poética marginal em Pernambuco. Com entrada gratuita e voltado para toda a comunidade, o evento acontece no Espaço Cultural “A Confraria”, localizado na Rua Abílio de Barros Corrêa, no próximo sábado (4), a partir das 14h.

O evento, que une tradição e modernidade, promete movimentar a cena literária da cidade com um intercâmbio de gerações, e de linguagem poéticas entre territórios no estado de Pernambuco. No Agreste, o Slam das Minas chega com uma programação diversa que une poesia, música e diálogo.
O encontro propõe uma roda de conversa sobre “Publicação Independente e Produção Literária” com Bell Puã e Patrícia Naia. A programação contará também com a apresentações de artistas locais como: Maéve e Pierre Tenório com performances musicais, e DJ Suculenta trazendo estilos como afrobeat, coco de roda, pop e muito mais no seu set.
Além disso, haverá um sarau, celebrando o encontro entre poetas do litoral e do agreste, com nomes como Cris Andrade, Maria Kilô e Treice Barbosa. Mais do que um evento artístico, o Slam das Minas PE se firma como um ato político e educativo, oferecendo espaço para que vozes historicamente silenciadas encontrem escuta e reconhecimento.
O projeto não apenas fomenta a arte, como também atua como instrumento de conscientização social, especialmente frente à preocupante realidade da violência de gênero em Pernambuco, um dos estados com maiores índices do país. Em resposta a esse cenário, o Slam das Minas reafirma sua missão de promover acolhimento, empoderamento e proteção para as mulheridades através da arte.
Incentivado pelo Edital PNAB 003/2024, o projeto conta com apoio da Prefeitura de Belo Jardim e A Confraria, buscando conectar o público com narrativas potentes que ecoam vozes historicamente marginalizadas.
Assim como foi em Recife, em Belo Jardim, o coletivo tem o objetivo de conectar o urbano e a terra fazendo território de poesia e transformação social.